Wednesday, December 23, 2020

Wild Mountain Thyme

 Doze anos depois de Doubt ter sido um dos filmes mais bem valorizados de 2018, toda a gente estranhou que o dramaturgo ali realizador John Patrick Shaneley nao tenha continuado no cinema tendo regressado as suas peças de teatro e mais que isso tentar criar novas historias, uma das quais trouxe este ano. Pena e que ao contrario do seu anterior filme esta nova incursão tivesse tido uma receção critica muito menor, com algum sinal de desapontamento, em face da expetativa em torno e isso tornou o filme nesta epoca de confinamento quase invisivel aos olhos da maior parte das pessoas.

A forma teatral das historias de Shanley podem muitas vezes dar uma toada algo lenta ao seu cinema ja que são historias pensadas numa primeira instância para teatro. Este e um caso paradigmatico de um filme demasiado pausado, com bons dialogos mas que rapidamente se perscebem que nao podem funcionar num filme significativo mesmo que em alguns momentos consiga alguns bons momentos de explosões emocionais.

Depois os defeitos mais assinalados por todos os criticos acabam por ser logicos, desde o pessimo sotaque das personagens que tornar os mais puritanos quase incredulos com essa escolha, mas mais que tudo a falta de ritmo que deixa as personagens desaparecerem e apenas ressuscitando a espaços. Outro dos problemas e que na essencia os temas eram bem menos vincados do que Doubt.

Fica a ideia de que uma razoavel peça de teatro tera sempre dificuldade em ser um bom filme, e aqui denota-se a falta de rotinas de alguem que fez uma escolha e que este ano tentou novamente regressar a um terreno onde tinha sido feliz mas que desta vez não o conseguiu ser.

A historia fala de duas familias num contexto rural irlandes e da forma como sempre tiveram presente uma na outra, até ao momento em que os patriarcas começam a morrer e tudo começa a ficar na mão de um jovem e uma jovem com planos e capacidades diferentes para lidar com o terreno, mas com uma forte ligaçao entre eles.

Em termos de dialogos percebe-se a teatratlidade do conceito pela riqueza metaforica dos mesmos. Pena e que as personagens nao sejam propriamente muito mais que isso, e a historia central em si não tenha a profundidade necessario para fazer esses momentos serem mais vincados.

Na realizaçao Shanley e o pai da historia e da peça e como em Doubt esteve outra vez na realização depois de ter sido sempre alguem muito mais ligado a escrita. Existe apontamentos negativos que demonstram a falta de rotinas de alguém do teatro que depois de Doubt poderia ter criado uma carreira no cinema e que desistiu, sendo que este regresso não lhe vai dar essa força.

No cast a questão da pronuncia deficitaria coloca ambas as prestações como deficitarias, mesmo que Blunt consiga alguns bons momentos ainda mais sublinhados por um lado musicar forte. Dorman tem tentado criar uma carreira mais significativa mas nao e propriamente convincente num papel que poderia ter outro sublinhado.


O melhor - Os momentos musicais


O pior - A falta de ritmo


Avaliação - C




No comments: