Quando começaram a surgir os primeiros indícios quanto aos
filmes que iriam competir pelos oscares, Mario Collitar era uma presença
constante com a sua interpretação neste filme francês, contudo com o aproximar
da cerimonia as atenções em termos de filmes europeus começou a surgir mais
atenção em AMour, e aos poucos Collitar perdeu forma e acabou por ficar de fora
das nomeações. O filme por esse facto perdeu toda vivacidade e acabou por
caminhar lentamente nas bilheteiras com total desatenção e criticamente as boas
avaliações acabaram por ser apenas isso.
Quanto ao filme podemos dizer que estamos perante um filme
emotivo, directo, na tradição europeia mais recente, mais crua, mas ao mesmo
tempo com mais ritmo, contudo a historia em termos narrativos e de conteúdo
acaba por ser limitada principalmente nos chavões principais onde apenas a
entrada de Collitard e a sua personagem acabam por dar uma forma diferente mais
intensa e mais central a um filme que de outra forma seria mais um pequeno
filme sobre quase nada.
Mesmo assim narrativamente parece um filme com alguns
buracos, contudo esses acabam por ser colmatados com algum realismo das suas
vertentes mais emotivas principalmente na dinâmica familiar do personagem pela
forma como o sexo e transmitido como valendo quase nada, e a forma com que
mesmo nas dificuldades as personagens acabam por ganhar vida aos poucos assim
como filme.
Mesmo assim o filme na parte final torna-se fácil parece não
querer pensar mais, mesmo assim temos uma historia interessante com partes e
vectores intensos, que contudo não consegue salvar o filme de uma mediania
clara bem longe dos melhores títulos dos últimos anos do cinema francês,.
A historia fala de um pai que tem um filho a cargo e começa
a trabalhar como segurança para conseguir criar, contudo começa-se a envolver
em lutas de ruas e acaba por começar uma relação ambígua com uma domadora de
baleias que acaba por ficar sem ambas as pernas. Aqui a relação começa a ficar
confusa e aos poucos existe uma dictomia entre a profissão as lutas e a
família.
O argumento e o típico em termos de cinema europeu sobre
vivencias familiares e sociais num drama típico, nestes pontos o argumento e
parco em originalidade e previsível com alguns buracos no argumento e com
personagens que parecem algo limitadas na sua evolução.
Em termos de realização estamos perante um filme bem
realizado simples mas por vezes com boas imagens na forma com que capta os seus
pergonagens centrais naquilo que é mais fulcral, é nestes pontos que se nota
mais evolução nos realizadores de maior renome e aqui denota-se essa mesma
melhoria.
Em termos de cast o filme é linear e dominado de principio a
fim por Collitar, uma das maiores actrizes da actualidade quer em Hollywood
quer em França deslumbra arrisca e tem intensidade num filme em que é ancora
numa interpretação que merecia mais reconhecimento fosse o filme mais
conceituado e visível.
O melhor - Collitar e
os a forma como esta é filmada.
O pior – O cliché do drama exagerado europeu
Avaliação – C+
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