Tuesday, March 05, 2013

Rust and Bone


Quando começaram a surgir os primeiros indícios quanto aos filmes que iriam competir pelos oscares, Mario Collitar era uma presença constante com a sua interpretação neste filme francês, contudo com o aproximar da cerimonia as atenções em termos de filmes europeus começou a surgir mais atenção em AMour, e aos poucos Collitar perdeu forma e acabou por ficar de fora das nomeações. O filme por esse facto perdeu toda vivacidade e acabou por caminhar lentamente nas bilheteiras com total desatenção e criticamente as boas avaliações acabaram por ser apenas isso.
Quanto ao filme podemos dizer que estamos perante um filme emotivo, directo, na tradição europeia mais recente, mais crua, mas ao mesmo tempo com mais ritmo, contudo a historia em termos narrativos e de conteúdo acaba por ser limitada principalmente nos chavões principais onde apenas a entrada de Collitard e a sua personagem acabam por dar uma forma diferente mais intensa e mais central a um filme que de outra forma seria mais um pequeno filme sobre quase nada.
Mesmo assim narrativamente parece um filme com alguns buracos, contudo esses acabam por ser colmatados com algum realismo das suas vertentes mais emotivas principalmente na dinâmica familiar do personagem pela forma como o sexo e transmitido como valendo quase nada, e a forma com que mesmo nas dificuldades as personagens acabam por ganhar vida aos poucos assim como filme.
Mesmo assim o filme na parte final torna-se fácil parece não querer pensar mais, mesmo assim temos uma historia interessante com partes e vectores intensos, que contudo não consegue salvar o filme de uma mediania clara bem longe dos melhores títulos dos últimos anos do cinema francês,.
A historia fala de um pai que tem um filho a cargo e começa a trabalhar como segurança para conseguir criar, contudo começa-se a envolver em lutas de ruas e acaba por começar uma relação ambígua com uma domadora de baleias que acaba por ficar sem ambas as pernas. Aqui a relação começa a ficar confusa e aos poucos existe uma dictomia entre a profissão as lutas e a família.
O argumento e o típico em termos de cinema europeu sobre vivencias familiares e sociais num drama típico, nestes pontos o argumento e parco em originalidade e previsível com alguns buracos no argumento e com personagens que parecem algo limitadas na sua evolução.
Em termos de realização estamos perante um filme bem realizado simples mas por vezes com boas imagens na forma com que capta os seus pergonagens centrais naquilo que é mais fulcral, é nestes pontos que se nota mais evolução nos realizadores de maior renome e aqui denota-se essa mesma melhoria.
Em termos de cast o filme é linear e dominado de principio a fim por Collitar, uma das maiores actrizes da actualidade quer em Hollywood quer em França deslumbra arrisca e tem intensidade num filme em que é ancora numa interpretação que merecia mais reconhecimento fosse o filme mais conceituado e visível.

O melhor  - Collitar e os a forma como esta é filmada.

O pior – O cliché do drama exagerado europeu

Avaliação – C+

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