Sunday, January 29, 2012
Take Shelter
Existem filmes cujo contexto interpretativo em que sao lançados o conduzem para um mediatismo que anteriormente o filme pouco ambicionaria. Assim este Take Shelter inicialmente impulsionado pela excelente interpretação de Shannon sempre perfilada para os oscares, e depois com o mediatismo assumido por Chastain tornou-se um filme falado, mesmo que nunca tenha conseguido uma estreia wide e tornado-se num filme apenas com resultados positivos para estreias limitadas conseguiu uma boa recepçao critica que o tornou presença assidua nas listas de melhor filme do ano.
E daqueles filmes que trata a doença mental de uma forma muito particular, nem sempre com grande ritmo e certo mas o tema e a forma do filme demonstra ao mesmo tempo qualidade, maturidade e excelencia no tratamento do mesmo. E daqueles filmes que ao longo da sua visualização nao empolga o espectador, mas por outro lado e daqueles filmes que no final ficamos sensação de vimos um bom filme, nem sempre muito intenso mas um filme inteligente e acima de tudo muito bem intepretao.
A determinada altura do filme ate nos conseguimos duvidar de tudo o que vimos existindo a forma pouco diferenciada de separar aquilo que realmente corresponde a verdade do proprio filme e as alucinações do seu personagem central, esse jogo parece bem potenciado naquilo que o filme realmente quer em si proprio.
Take Shelter pode nao ser o filme do ano, principalmente pelo ritmo pausado claramente independente que assume mas e um bom filme num ano com poucos projectos com grau de originalidade como este, se bem que fica sempre a sensação que poderia ser um filme mais potenciado nas suas formulas principais.
O filme fala de um particular pai de familia que começa a ter a visão da chegada de uma tempestade infernal assim começa a ficar obcecado por conseguir proteger a sua familia construido formas de o fazer que vai conduzir a quase loucura.
O argumento tem um bom preceito e bem trabalhado, contudo nem sempre consegue exprimir-se da forma mais simples principalmente colocando pontos que o filme nao precisa na propria alucinaçao que visualiza. Mesmo assim as personagens e o directorio do guiao parece bem trabalhado.
A realizaçao tem bons momentos principalmente na forma com que constroi as alucinaçoes do protagonista, utilizando efeitos especiais básicos, construidos de uma forma natural e com momentos esteticamente interessantes. Nao e um objecto artisitico por natureza mas e bem realizado.
Em termos de cast Shannon é claramente o protagonista do filme, num papel de excelencia dos melhors do ano e dos mais dificeis, podemos dizer que e um papel facil pelo que ja exige por si, mas a força que este actor tem em protagonizar personagens perturbadas ja merceia um reconhecimento natural, num ano com interpretações limtiadas deveria constar nos prefilados para os oscares. Ao seu lado a senhora do ano Chastain pode nao vir a ser a escolhida, mas e de longe a figura mais presente de 2011, com intepretações de qualidade e diversificadas como este, nao e o seu melhor papel do ano, mas fica bem no contexto.
O melhor - As perturbaçoes de Shannon
O pior - A falta de ritmo a espaços do filme
Avaliação - B-
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