Thursday, April 01, 2010

Brooklyn's Finest


Se existe algo de que Antoine Fuqua se pode orgulhar foi de trazer ao estilo um cinema novo, e do qual retirou grande sucesso e acima de tudo alguns seguidores. Mesmo que o genero nao seja um primor tecnico nem tao pouco narrativo, o realizador nao encontrou a formula noutros filme, o que o conduziu de novo ao mesmo terreno, o do mundo policial em sub mundos do crime enraizado. Para este ano um genero Training Day, com alguns actores a repetir. Em termos comerciais as coisas nao correram pelo melhor no qual a disputa directa com o mega sucesso Alice, nao deve ter contribuido para esta formula. Em termos criticos as coisas foram medianas, pese embora um registo ligeiramente negativo, para um realizador que deste Training Day tem tentado assumir um papel de relevo.
Este filme e demasiado colado ao seu filme principal, nao so no contexto do submundo, desta vez em Brooklyn, mas acima de tudo na tenue definição das fronteiras entre o policia e o ladrão. E mais que notorio a tendencia a descrever demasiado negativamente a personalidade dos policias o que ja se torna um cliche, por demais evidente neste filme. Contudo o filme tem alguns aspectos interessantes as diferenças das tres personagens em temros de missoes policiais, e acima de tudo na forma como cada um e visto de forma diferente pelos seus pares.
Este paralelismo narrativo acaba por ser o ponto mais interessante e forte do filme, que o torna terreo. Contudo o exagero tipico de uma sociedade violenta em excesso, quase perdida mostra mais uma vez a tendencia de fazer um filme mais movimentado, mais de acçao do que com sentido de responsabilidade.
Outro problema do filme e a sua morosidade, cedo percebemos onde o filme quer chegar, contudo alonga-se em sequencias que ja nada tem a demonstrar, no sentido de vitalizar personagens que pese embora estejam bem criadas, tem limitaçoes cujo o tempo nao consegue ultrapassar.
O filme fala do dia a dia de tres policias de Brooklyn, em tentativas diferentes e missoes diferentes, por um lado um patrolheiro em final de carreira, um activo, e um infiltrado, todos com a vida em jogo e numa sociedade que funciona quase como uma roleta russa.
O argumento tem pontos interessantes nao so nas personagens bem criadas e densas, como no paralelismo das historias entre si, perde na incapacidade de desenvolver naturalmente o enredo de cada uma delas,e acima de tudo de as dotar de pontos interessantes em particular.
E o terreno de eleiçao do realizador que e bem melhor a filmar as ruas dos bairros afro americanos do que qualquer outro cenario. Neste caso mostra mais uma vez uma boa contextualizaçao se bem que menos preocupado com questoes esteticas do que em outros filmes.
O cast e liderado por uma dupla de actores peculiares, Hawke que teve o seu melhor papel com o realizador encontra-se novamente em bom plano num registo diferente e que tem vindo a demonstrar alguma tendencia para o actor desempenhar bem pessoas perturbadas. Gere num papel fora do cumum tb surpreende pela positiva, principalmente na sua parte mais depressiva. Acaba surpreendentemente por ser Cheedle o parente pobre, mesmo que a priori seja o melhor actor dos tres, com um papel vago e demasiado linear

O melhor - O paralelismo das funções.

O pior - Algum vazio narrativo em cada uma delas.

Avaliação - C+

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