Se existe algo que Sacha Cohen faz aos seus filmes e acima de tudo as personagens que vai criando é trabalhar bem o seu markting com muita polemica á mistura, de forma a que os seus filmes sejam conhecidos muito antes do seu lançamento. Esta polemica e algum choque e surpresa resultaram em grande plano em Borat, que acabou por alterar e marcar o mundo da comedia, contudo em Bruno as coisas ja não foram tão positivas, e neste ditador, onde a polemica ainda foi mais forte com o episodio dos oscares, voltou a não ter a resposta que muitos esperavam, desde logo em termos criticos onde voltou a nao conseguir aproximar-se do sucesso de Borat, e tambem em termos comerciais com resultados modestos face as ambiçoes do proprio filme, mesmo assim suficiente para o actor e autor ingles continuar a arriscar nas suas peculiares personagens.
O Ditador se por um lado e em termos de humor um dos mais negros de todo, onde nada existe limite do ponto de vista estetico e o mais familiar de todos e aqueles que nos parece mais frouxo em termos de humor, a crueldade de algumas piadas parece sempre dissipar-se pelo sentimentalismo que a deteminado ponto o filme, tem, contudo o pior que encontramos no filme, é que o seu trailer baseia-se nos primeiros minutos do filme, esquecendo que no resto temos um ditador sem poder, a tentar encontra lo de novo, e num choque cultural com activistas contrarios. Podemos dizer mesmo que em determinados pontos o filme acaba por ser uma burla, mas que pelo menos tem como vantagem na cansar o espectador com o decurso do tempo e repetir de piadas como acontece com Borat e acima de tudo no bastante mau Bruno.
Pese embora este facto parece-nos que quando sai do territorio e entra em Nova Iorque o filme e muito menos apelativo e intenso e o facto de criar uma historia de amor, se qualquer tipo de graça, faz com que o numero de piadas que resulte acabe por diminuir tornando o filme muitas vezes tonto o que o autor claramente nao cria.
Ao contrario dos seus antecessores ao ter um caracter mais suave, mesmo nas piadas mais fortes e ainda sao muitas as mesmas nunca sao levadas a serio ja que o filme vai adquirindo uma textura mais familiar.
Como ponto mais positivo do filme o ultimo discurso do personagem central uma critica ao sistema politico da america quase directo e bastante ironico, mas que reverte o filme com uma satira politica interessante que durante a sua duração nunca acaba por assumir,
O filme fala na tentativa de um ditador entretanto traido nos EUA, tentar recuperar o poder do seu pais e impedir a instauração da democracia no mesmo.
Os argumentos do filmes de Sacha por si criados normalmente sao apenas veiculos de sequencias humoristicas normalmente sem grande relaçao aqui tem mais pontos de uniao pese embora quase sempre de segundo lugar, nem todas as sequencias de humor funcionam, mas algumas delas duras são imagem de marca e estao bem visiveis.
A realizaçao esta a cargo de Charles habitue nos filmes do autor, e aqui mais do mesmo ou seja nem sempre um filme com primor estetico quase primario no seu conceito e criaçao, que tem como unico objectivo servir um personagem central, dificilmente existira carreira para alem destes filmes.
Sacha e um humorista mais que actor, onde as dificuldades sao mais que muitas, principalmente quando o filme e apenas ele proprio, nao esta tao forte e convicente como Borat ou Bruno, mas encaixa bem principalmente no inicio, e daqueles actores que tem de existir para se previligiar alguns valores tradicionais.
O melhor - Não cair no exagero dos seus antecessores.
O pior - Cair algumas vezes em piadas demasiado frouxas
Avaliação - C+
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