Tuesday, June 26, 2012

Cosmopolis

Muita foi a expectativa depois do abrandamento de Cronemberg com o seu Metodo Perigoso, todos os olhos estavam atentos ao seu novo filme Cosmopolis com o apoio de muitos filmes europeus, muita gente aguardou a confirmação de um talento de um autor e realizador que muitos referem como a caminho da sua grande afirmaçao. Depois da apresentaçao Cannes demonstrou que este nunca podia ser um filme coeso criticamente com avaliaçoes demasiado divididas, quanto ao valor comercial penso que nunca foi a preocupaçao de Cronemberg mesmo com Pattinson como protagonista.
A unica evidencia que se pode dizer do filme é que ou se surpreende pelo filme ou odeia-o, alias ou o filme e perceptivel e gosta de um cinema exprimental filosofico ou odeia o filme. E como para mim o cinema e uma forma de pensar e me divertir em graus moderados coloco-me no segundo patamar, de alguem que detesta filmes sem sentido, que mais nao sao do que discussoes cujo o conteudo se perde em palavras demasiado caras e com pouca direcçao.
Cosmopolis e mesmo isso uma serie de cenas soltas sem qualquer segumento tentando abordar economia numa forma teorica, num filme que é isso, as personagens nao existem nem narrativa, tornando-se num filme chato, sem intensidade e que quase embala todas as pessoas na sala de cinema. O cinema exige mais exige um fio condutor algo que liga um filme, mais que uma ideia e uma teoria e o filme acaba por nao ser nada disso
E daqueles filmes que quase ninguem sai de la satisfeitos com resposta ou mesmo consegue analisar qualquer objectividade num filme tao difuso, cada sequencia e solta, podemos pensar que e um filme de personagem mas no fim poucas pessoas conseguiram entender o significado de mais de metade do filme, ou mesmo o seu alcance a questao sera o escritor e o realizador conseguiram.
O filme fala de um rico empresario que passeia por nova iorque de forma a tentar encontrar desafios a sua existencia depois de perceber que uma crise financeira coloca em causa a sua fortuna, aqui começa uma expiral de destruiçao numa sociedade inexistente.
O argumento tem pontos interessantes e de contacto com a realidade que sao debruçados contudo de uma forma ligeira e separadamente de tudo o resto, como exercicio politico economico o filme pode ter algumas virtudes que desaparecem quando o filme e nao mais que um filme sem ponta qualquer de sentido.
A realizaçao e interessante como Cronemberg quase sempre é, inovador futorista, com boa selecçao na forma como gere a presença dos protagonistas e um realizador de excelencia que contudo nem sempre escolhe os melhores guioes e neste caso nao mesmo.
A escolha de Pattinson e discutivel, principalmente para um actor preso a algumas expressoes e falta de profundidade, mas num filme tao desligado acaba por deixar de lado estas imprecisoes, mesmo que esteja longe de uma grande intepretaçao todos os outros nao tem tempo mais que debitar algumas frases.

O melhor - A limosine.

O pior - O exercicio de um cinema europeu ultrapassado e sem futuro.

Avaliação  - D

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