Saturday, September 14, 2024

Borderlands

 Agosto trouxe no seu cardápio uma estranha surpresa a adaptação de jogo violento de consola, que tinha aqui a sua passagem ao cinema sob a mão de Eli Roth com Cate Blanchet como protagonista, o que levou imediatamente todos a pensar que algo não estaria propriamente encaixado neste projeto. Com as primeiras avaliações, as quais foram péssimas em todas as dimensões, logo se percebeu que o problema era mesma Blanchet estar no projeto, algo que nao e comum em filmes tao mal avaliados. Lançado no sempre movediço mes de Agosto, o filme teve resultados mediocres marcando todo o percurso do filme.

Sobre Borderland o primeiro apontamento que o filme tem e que tenta ser disruptivo, ir buscar um pouco o que se fez em alguns filmes da Marvel como o mais recente Suicide Squad, mas rapidamente se perceber que algo no filme nao vai encaixar, desde logo porque o exercicio de estilo do filme não existe, comicamente tem um apontamento essencialmente por uma personagem que parece fora de tom e o filme acha que tem um estilo cool que nunca se concretiza.

Outro dos problemas acaba por ser inacreditavel como uma produçao de estudio com um elenco tao forte acaba por usar tao mal os efeitos especiais e o CGI chega a ser penoso algumas sequencias e a forma como tudo parece tão digital e pouco realista, numa altura em que rapidamente isso se ultrapassa em filmes menores.

Assim temos um pessimo filme, numa historia confusa e que não consegue agarrar o espetador, que tenta ter um estilo artistico rebelde que nunca se consegue afirmar, humoristicamente limitado, e visualmente sem assinatura. Um desastre iguais a outros de Roth sendo que apenas nao se percebe na conjetura toda o que Blanchet fez para aceitar ser a protagoinista.

O filme fala de uma guerreira e caçadora de premios que e contratada por um barão da tecnologia para encontrar a sua estranha filha, que se encontra capturada num estranho planeta, contudo todo este pedido acaba por ter outros objetivos por tras.

O argumento do jogo nao e por si rebuscado, mas uma ideia para muitos tiros e muitos combates. Aqui temos pouco mais que isso, e o que temos e sofrivel em coesão ou mesmo na capacidade que o filme nunca tem de trazer qualquer emoçao a sua historia, onde as personagens sao as que conhecemos dos jogos basicos de computador.

Roth e disruptivo, arrisca mas aqui falta-lhe assinatura num filme visual, com meios ao dispor em que ele faz uma confusao, que ja tinha feito anteriormente com filmes com menos investimentos. Podemos dizer que temos muito pouco de um realizador que continua a ter projetos, e que nos parece sobreviver na aura de um estilo rebelde que nunca se concretizou em obras de referencia.

No cast e incompreensivel o que uma das melhores atrizes do momento faz a encabeçar o cast num filme desta natureza e com uma personagem tao redutora. E daqueles papeis que nao tras nada a interprete. Os restantes mais habituados a este registo com carreiras mais modestas acabam por nao sair tao danificados em tal colaboraçao. O melhor e Black na voz entregue ao robot que melhor funciona no filme.

O melhor - Apesar de tudo Claptrap acaba por ter os melhores momentos humoristicos.


O pior - O que faz Blanchet num filme como este


Avaliação - D

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