Dois anos depois de Ti West ter lançado pela chancela da A 24 uma das sagas de terror violento mais conhecida dos ultimos anos, utilizando a versatilidade como atriz de Mia Goth eis que surge o final da triologia num filme passado nos anos 80 com muitos dos maneirismos da epoca e todo o horror e violencia de imagens de uma das figuras iconicas do cinema recente. Os filmes conseguiram sempre uma boa resposta critica e este filme tambem o conseguiu embora sem o impacto surpreendente dos primeiros filmes. No que diz respeito ao resultado criticos os resultados ficaram bastante aquem, principalmente tendo em conta os filmes anteriores.
Sobre o filme podemos dizer que quem gostou dos primeiros filmes tambem vai gostar deste porque temos a personagem e a interpretaçao constante de Goth, que leva a sua excentricidade e capacidade interpretativa ao longo de todo o filme, mas como tambem o horror das imagens esta aprimorado, sendo que West desta vez escolheu ir buscar a sempre iconica cultura dos anos 80 que segue o filme na forma de realizar mas tambem no acompanhamento musical que da ao filme alguma frescura comparativamente com os anteriores.
Em termos de narrativa temos um pouco as explicações da personagem tentando fechar algumas questoes dos filmes anteriores embora nos pareça que pode continuar, depois do parentises de Pearl continuamos a seguir Maxine, num hollywood negro longe do estrelato das luzes maiores. O filme consegue ter impacto de terror psicologico West vai ao extremo na crueldade das mortes e isso normalmente funciona para fazer este tipo de projeto funcionar.
Pode facilmente se criticar este projeto como um todo por ser um pouco violento de mais, e ir demasiado aos fetichismos mas o que e certo e preenche um espaço proprio, e West consegue dois apontamentos que fazem dos filmes individualmente mas acima de tudo da propria saga, algo funcional que é a capacidade de ser artistico, bem interpretado e conseguir os objetivos minimos.
Seguimos Maxime depois dos acontecimentos de X, na tentativa da mesma sair do cinema pornografico para ir para o cinema de massas, mas tudo fica pior quando um serial Killer começa a aproximar-se dos seus movimentos com um intuito muito próprio.
O argumento do filme nao e propriamente muito trabalhado, jogando com os elementos que ja vem de tras e tentando ao maximo ir ao horror das cenas, mesmo que estas sejam algo descontextualizadas. Nao e no argumento que a saga tem o seu lado mais potenciado.
Ti West teve nesta saga o cravar do seu nome num genero, que é o de horror mais do que terror. COm os anos fica a ideia que a saga vai sublinhar o seu talento, principalmente pela forma como filmou em estilo tres filmes diferentes e pelo impacto claro que conseguiu dos seus filmes no espetador. Aguardamos o que vem a seguir.
Nao foi apenas West que colocou o seu nome nas antenas no projeto mas Goth, que ate entao era apenas uima estranha modelo atriz, que ao longo dos tres filmes consegue ao mesmo tempo criar em si um lado oculo, e um conjunto de recursos interpretativos que nos fazem pensar que podera ser um caso serio com boas escolhas. Neste filme temos muitas figuras conhecidas em papeis menores e em exercicios de rebeldia mais do que em papeis fortes.
O melhor - Um novo exercicio de estilo.
O pior - O argumento e sempre algo redutor
Avaliação - C+
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