Saturday, September 03, 2022

I Came By

 Com a entrada em Setembro, normalmente as produtoras e agora tambem as plataformas de streaming abondanam o cinema unicamente comercial de forma a apostar em produtos mais de autor, preparando a epoca de premios que se aproximam. Para marcar esse arranque a Netflix trouxe este filme de terror psicologico, numa produçao inglesa que chamou a atençao pelo facto de tirar o seu protagonista Hugh Bonneville da sua zona de conforto. Em termos criticos o filme não conquistou com avaliaçoes excessivamente medianas, sendo que comercialmente ao ser Netflix tera sempre alguma visibilidade.

Sobre o filme podemos dizer que temos o tipico filme de serial Killer integrado em que um a um os diferentes personagens parecem descobrir o segredo mas aos poucos vao caindo na teia montada por um homem poderoso que esconde um segredo na sua casa. Isto e claramente um estilo de filme muito repetitivo com diversos filmes a ja terem abordado a mesma tematica ao longo mesmo do presente ano nunca tendo conseguido o filme criar a atomesfera psicologica que o tornasse num razoavel filme de terror.

Um dos pontos que parece funcionar pior e a forma como o filme vai descartando protagonistas, começa com um jovem rebelde, passa para a mãe do mesmo acabando no melhor amigo do primeiro. O problema e que o filme de uma forma mais simples poderia optar por um deles como o epicentro do filme, acabando por dar essa sensaçao e abandonar para centrar no vilão quando o filme ja tem alguma duração, nao me parece a forma mais concreta de comunicar com o espetador.

Ou seja mais um filme netflix, calaramente de consumo rapido, sem grandes atributos para ser relembrado por muito tempo. Claro que a presença num estilo diferente do tipico tradicionalista Hugh Boneville e interessante mas sobra muito pouco de diferenciado no filme quer em termos narrativos e mesmo em termos esteticos.

O filme fala de dois amigos grafiters que tem como habito invadirem a casa de pessoas ricas e informá-las da sua presença com um desenho, tudo fica mais dificil quando entra nos objetivos um poderoso juiz com segredos ainda mais negros escondidos.

Em termos de guião o filme não e propriamente muito original, fica a ideia mesmo que esta historia ja teve diversas versões este ano. A forma como o filme vai saltando ao longo da sua duração entre personagens tambem nao parece a mais funcional.

Na realizaçao Babak Anvari e um jovem realizador dedicado ate ao momento a um terror mais independente que tem aqui mais palco. Fica a clara ideia que o filme não e propriamente muito estetico tentando utilizar o impacto visual da personagem central. Embora pareça que com a tematica do desenho o mesmo teria muito mais por onde inovar.

No cast fica a sensação de vermos um Boneville que ao longo da carreira foi sempre muito monocromatico com uma abordagem diferente, que funciona, mostrando uma versatilidade ate aqui escondida. A forma como os outros personagens vao desaparecendo nao ajudam o impacto das interpretaçoes-.


O melhor - ALguns apontamentos da interpretaçao de Boneville

O Pior - Ja vimos esta historia e se calhar este ano


Avaliação - C~-



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