Friday, October 09, 2009

I can do bad things all myself

Tyler Perry tornou-se nos ultimos anos numa figura de referencia do cinema afro americano moderno, principalmente nas fronteiras do proprio pais, inicialmente com a transposição das suas peças de teatro para filmes e agora com filmes proprios que tentam contar com alguma leveza historias de vida no interior da comunidade onde reside. O que e certo e que desde o inicio do realizador no cinema os sucessos tem sido mais ou menos permanente, sem ser este filme o marco comercial do realizador mais uma vez conseguiu implementar-se nos tops das salas de cinema. Ultimamente contudo tem sofrido mais dificuldade para se cimentar na critica, ja algo avisada do caracter novelesco das suas historias
Este filme tem pontos tipicos de um realizador tipico, o balanço entre o melo drama familiar e a comedia de costumes tipica afro americana, mais uma vez entra em balanço com uma partitura musical de gospel que contextualiza bem o filme, mais uma vez surge tambem as referencias religiosas, que sao ja um marco no cinema do realizador. E obvio que Perry nao e um creativo nem tao pouco original nos seus filmes, mas que as suas novelas sao o expoente de um cinema proprio disso nao existe duvidas. Contudo neste filme nao tem em maos um filme rico, primeiro porque a sua historia central e demasiado esteriotipada, e demasiado novelesca, nao abordando temas dispares da nossa sociedade, e por outro lado porque nunca consegue atingir a intensidade dramatica de conflito que nos outros filmes tao bem potencia, para alem de que o tempo dado a sua personagem madea parece exagerado como mal encaixado na fase inicial do filme.
Estas dificuldades fazem com que o filme tenha dificuldades em estabelecer o seu genero proprio e isso faz com que o filme demore muito tempo a definir o seu rumo e principalmente o das personagens centrais. Salva-se os cada vez mais momentos retrospectivos musicais que Perry tanto gosta de utilizar para sintetizar alguns momentos temporais.
Aqui temos quatro menores que ficam sem ninguem e necessitam de ir viver com uma tia desajustada, cantora, com problemas de alcool e dificuldades de relacionamento premanentes. O filme fala da adaptaçao dos menores a adulta e vice versa.
O argumento nao e dos mais ricos e nenhum aspecto, escritos por Perry, a historia e demasiado presa as telenovelas basicas norte americanas as personagens demasiado basicas e pouco trabalhadas, e mesmo o contexto narrativo parece por momentos algo descuidado, salva-se a suavidade e o carcater simples que ja e apanagio do seu cinema,
Como realizador Perry tem mais dificuldades, e um contador de historias puro, e em termos de realização na explora o seu cunho de autor, como qualquer homem do teatro parece paralisar a ver a interaçao das suas personagens, e isso e o mais basico que existe no cinema
Em termos de cast, Henson dirige o leme de mais uma historia, isto depois de uma noemaçao para o Oscar e com outro tipo de estatuto, tem um papel dificil, exigente do ponto de vista de gestao emocional, mas que consegue imprimir um ritmo e uma qualidade interessante sendo mesmo o coraçao do filme, o restante cast preenche com mais ou menos dificuldade as necessidades do filme

O melhor – Alguns momentos musicais

O pior – Ser ainda mais novelesco do que as outras obras de Perry

Avaliação – C-

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