Wednesday, March 07, 2012

Coriolanus


As adaptações dos filmes de Shakespeare ultimamente tem-se tornado moda das sua temporização aos nossos dias ou pelo menos ao nosso tempo. para o final deste ano e marcando a estreia como realizador de Ralph Phienes surgiu a sua adaptação de Coriolanus uma das peças sobre liderança e traiçao que marcou o trajecto do dramaturgo ingles. Os resultados contudo ficaram aquem das expectativas uma vez que pese embora as criticas positivas que o filme recebeu nao conseguiu entrar na disputa directa aos diferentes premios e por um lado em termos comerciais nao conseguiu sequer uma distribuição wide, o que conduziu facilmente o filme a quase invisibilidade de bilheteira.
Coriolanus como a maior parte das adaptaçoes do nosso dia de Shakespeare perde pela forma como nao consegue articular o discurso ou mesmo algumas opçoes narrativas a actualidade sendo esse o objectivo do filme. Mais uma vez torna-se dificil observar tanta teatralidade num meio real e ainda por cima contemporaneo, esse problema acaba por condicionar a veracidade do filme e acaba por condicionar a forma como todo o restante filme funciona junto do espectador.
De resto estamos perante um filme tecnicamente bem feito, com uma boa conjectura politica que serve de base a intensidade de todo o filme, e acima de tudo a crueza das imagens ou pelo menos da forma como estas sao oferecidas ao espectador. De resto a intensidade acaba por ficar quase sempre no discurso da personagem principalmente de Corulanious o grande enfoque do filme, mesmo que o enigma esteja sempre ao longo do todo filme como e normal nas peças do dramaturgo ingles.
E daqueles filmes que parece contudo apensar da sua qualidade indisicutivel um pouquinho fora de tempo, ou mesmo demasiado estranha no corpo do cinema actual, pese embora tenha tudo para ser um filme que funcione bem quer pela forma como e escrito quer pela força estetica o certo e que parece sempre faltar um degrau para ser o maximo de realizaçao.
O filme fala de um general que depois de dar o corpo pela patria e ser chamado a senador e traido e colocado contra o povo, o que conduz a procurar apoio junto do grupo de rebeldes que sempre combateu.
O argumento nao e facil, principalmente porque tenta com a escrita e dizeres de shakespear tornar nos nossos tempos aquelas palavras com sentido e isso acaba por condicionar em momentos o filme pese embora a historia e as personagens sejam fortes como o dramaturgo as criou.
A forma de Fiennes se estrear na realizaçao deixa antever um futuro promissor, num filme dificil ao qual ele da um caracter estetico cru mas proprio que acaba por ser uma mais valia para a forma como o filme surpreende o estetador, nao e um filme comum principalmente nesta valencia.
Em termos de cast Fiennes lidera o seu proprio cast num papel ao seu melhor nivel e que o mesmol e do mais alto que podemos ver, de um actor de primeira linha que tem aqui um papel que merecia mais reconhecimento tem um filme a seu cargo tem uma disponibilidade fisica e expressiva pouco vista num dos melhores papeis do ano, que apaga tudo o resto no filme, que se torna quase so o seu lirismo, apenas algum espaço para Redgrave principalmente nos dialogos entre ambos.

O melhor - O papel de Fiennes

O pior - Lirismo shakespear nao expressa a actualidade

Avaliação - B-

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