Sunday, June 17, 2007

Grindhouse






O grindhouse, é um mito urbano do cinema norte americano, as sessões interminaveis para desocupados, recheados de copias de fraca qualidade de filme ainda eles mais fracos que serviam de entertenimento a milhares de adeptos do cinema enquanto espectaculo, mas totalmente indiferentes ao filmes serie B que passavam no ecra. Aos poucos este tipo foi desaparecendo, apenas servindo de inspiração a alguns autores que foram aparecendo. E se existe na actualidade autores que demonstram essas tendencias eles sao sem duvida Tarantino, mas acima de tudo Rodriguez, nos seus segmentos de From the Dusk until Down e MAriachi. Dai que nao foi estranho um projecto de homenagem a este segmento por parte destes dois realizadores, num, dos projectos mais ambiciosos dos ultimos anos, num filme composto pelas propostas grindhouse de cada um dos realizadores com comerciais apresentaçoes a misturam isto sem as falhas tecnicas tipicas deste filme. O projecto era ambicioso mas acima de tudo arriscado, e como todo o risco teve dois lados, se no ponto de vista critico o filme ate conseguiu atingir os seus objectivos, no ponto de vista de bilheteira o filme resultou no floop global e comercial de grande dimensão.

O filme como é objectivamente repartido, com dois segmentos isolados, com historias e realizadores diferentes, dai que será sempre injusto avaliar o filme como um todo. Assim desde logo ao analisarmos os objectivos do filme, homenagear a grindhouse, penso que Rodriguez teve melhor, o filme e bruto, violento, sem sentido, encarando na perfeiçao o que era o grindhouse, e a serie b, quer nas personagens, dialogos, efeitos desastrosos, num segemento de 90 minutos de puro gore, que me parece mais enquadrado com o filme. Na segunda sequencia a de Tarantino, saimos por completo de Grindhouse e entramos na dimensao Tarantino, filmes com sequencias de dialogo longos, de grande qualidade, intermediados por um assassino e o seu carro. Se por um lado ganhamos na qualidade do filme, por outro perdemos no pressuposto de base do filme, ja que ninguem assisitiria a um filme tao dialogante em grindhouse, e Tarantino tirando no primeiro capitulo de Kill Bill esta longe de conseguir se enquadrar neste estilo, assim ganhamos na qualidade do filme mas perdemos no ponto de partida do mesmo.

O filme é um risco enorme, podemos ficar fascinado pelo exercicio criativo do filme, mas provavelmente ficaremos sempre algo desgastados com a morosidade dos mesmos e com a falta de qualidade de certos segmentos. O grindhouse era declaradamente mau, e mesmo com exercicios de estilo as coisas nao melhoram muito.

De referir que o filme e apimentado pelas apresentaçoes ao cargo de alguns dos realizadores amigos dos principais dos filmes, onde se regista o fantastico absurdo da efectuada por ROb ZOmbie o mais fiel aquilo que seria o original Grindhouse.

O argumento divide-se em duas partes, a ideia de base original, fascinante, homenagem no mais puro sentido a um estilo proprio, e por outro lado os argumentos das historias, fracas de forma objectiva, contudo que nos parece que na segunda tivemos uma demonstraçao do nivel mais fraco de Tarantino com dialogos apesar de terem o seu cunho algo desinteressantes.

As realizações bem conseguidas quer de um como doutro, dentro dos estilos proprios que ganharam espaço em hollywood. Particular destaque para a parte de Rodriguez a meu ver a parte mais conseguida do filme e que ganha em varios aspectos aquilo que foi feito por Tarantino.

Quanto ao cast, tambem aqui nos parece obvia o ascendente no primeiro segmento relativamente ao segundo, mesmo que as instruçoes fossem de ser o mais fraco possivel, para encarar o espirito, mas a presença por si so de Willis, Mcgowan abrilhantaram e deram carisma a um primeiro segmento com mais valorizaçao do que o segundo.

Enfim mais que um bom filme um bom exercicio de estilo e de originalidade.


O melhor - A apresentaçao de Rob Zombie


O Pior - Death Proof de Tarantino, muito aquem das possibilidades do realizador


Avaliação - B-


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